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O problema é falta de cultura de segurança?

Tenho certeza que você já ouviu a frase do título deste texto diversas vezes, mas não sei se você havia prestado atenção no contexto em que ela estava sendo aplicada.

Geralmente é comentada pelos gestores da empresa, incluo o SESMT, como se estes fossem os detentores desta cultura e que tivessem de educar os demais trabalhadores para conseguirem chegar no mesmo patamar.

Porém, o que deve ficar claro é que a cultura de segurança é da empresa e não de um grupo de trabalhadores, e é construída por meio da experiência compartilhada, ou seja, quando um trabalhador não segue um procedimento e isto traz maior produção e seu gestor não questiona em função do benefício produtivo, estamos formando a cultura de segurança; no momento em que o líder não segue determinado procedimento, como, por exemplo, não utilizar um protetor auricular em determinado setor com a desculpa de ser uma exposição rápida, também neste momento está se formando a cultura de segurança; sempre que alguém estabelece uma nova regra para trazer maior prevenção para as atividades e há milhares de obstáculos para a sua implantação, estamos formando a cultura de segurança.

Ou seja, é preciso que ocorra um alinhamento dos discursos, em geral, propalados como sendo a segurança do trabalhador uma prioridade em relação às ações práticas que deixam este setor em segundo, ou mesmo em terceiro ou quarto plano.

Então da próxima vez que você falar que na sua empresa está faltando cultura de segurança, lembre-se de que você faz parte desta empresa.

Autor: Mário Sobral Júnior – Engenheiro de Segurança do Trabalho.

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