REPRESENTATIVIDADE FEMININA NA SEGURANÇA DO TRABALHO
Tudo bem, meu filho?
Opa, meu filho, não! Sou Técnica de Segurança do Trabalho. Infelizmente o seu amigo teve que dar uma saída rápida e falou que eu poderia conversar um pouco com o senhor.
Sem problema, minha filha. Em que posso ajudar?
Já está ajudando com um pouco de representatividade feminina no seu jornal.
Pois sinta-se bem-vinda e convidada a participar das próximas edições.
Obrigada! Vou aproveitar para lhe fazer uma pergunta: queria saber o que o senhor acha da situação da mulher na área de Segurança do Trabalho, pois sinto que eu sou frequentemente discriminada?

Infelizmente vou ter de concordar, assim como em outras áreas que as mulheres não são tratadas com igualdade, o mesmo ocorre com as profissionais prevencionistas. Vou até fazer uma confissão. Eu mesmo já agi de forma incorreta faz alguns anos.
Como assim, professor? O senhor é desses?
Não sou mais. Infelizmente lembro que em uma das empresas iríamos contratar um profissional para o horário noturno e a empresa estabeleceu que os candidatos precisariam ser do sexo masculine e na época achei normal e apenas concordei. Hoje tenho consciência que apoiei uma decisão machista.
Machista é pouco! Ainda bem que o senhor mudou de opinião. Eu já trabalhei no terceiro turno e não tive problema nenhum por ser mulher. Puxei este assunto porque desde o estágio tive dificuldade, sempre colocavam vaga dando preferência para o sexo masculino e quando eu fui procurar vaga como profissional não entrei em duas construtoras por ser mulher. Em outra, ouvi quando o rapaz do RH falou que eu estava em uma idade muito complicada, porque poderia ter filho e eles iriam ficar sem profissional durante meses.
Sim, minha filha. Ainda temos diversas situações no mínimo equivocadas que prejudicam as mulheres, mas acredito que a divulgação deste tipo de conversa pode ajudar as pessoas a pensarem mais nas suas ações.
Autor: Mário Sobral Jr –. Engenheiro de Segurança do Trabalho